Policiais podem responder por ter arrastado o corpo do jovem que foi levado para um terreno nesta quarta-feira (1)
Além do homicídio, os policiais militares que participaram da ocorrência que resultou na morte de um adolescente de 17 anos em Pedro Canário, na Região Norte do Espírito Santo, podem responder por terem arrastado o corpo de Carlos Eduardo Rebouças Barros para um terreno.
Em entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (2), o comandante-geral da Polícia Militar do Espírito Santo, coronel Douglas Caus, afirmou que os cinco militares detidos permaneceram calados, na presença de advogados, durante o primeiro depoimento, em um batalhão de São Mateus. Os cinco irão passar por uma audiência de custódia às 13h desta quinta-feira (2).
O Coronel Douglas Caus afirmou que as medidas tomadas pelos militares que não constam na técnica da corporação serão apuradas. O comandante também falou sobre o fato de o relato dos policiais ser diferente do que mostram as imagens: o vídeo exibe um adolescente com as mãos para trás e rendido, em vez de tentando sacar uma arma da cintura. "Se eles colocaram uma versão diferente no boletim de ocorrência, também serão responsabilizados. É crime militar. Todas as medidas que não constam na técnica da PM serão apuradas, inclusive o fato de terem arrastado o corpo".
O coronel Douglas Caus informou que são cinco envolvidos no caso: dois cabos e três soldados. Todos com menos de dez anos de corporação. Foi questionado pela reportagem sobre a identidade dos policiais, mas respondeu não lembrar. "Podemos divulgar os nomes de todos eles posteriormente, não sei o nome de todos eles de cabeça", afirmou.