Por Estevão Saloto em Quinta, 17 Novembro 2022
Categoria: Cidades

Iúna perde conterrânea muito estimada

Dona Hilda, matriarca dos Baratinha, faleceu aos 95 anos de idade dia 14 

Faleceu em casa, nesta segunda-feira (14), em Iúna, a matriarca Hilda Silva Gomes, 95 anos, viúva de Manoel Gomes (Baratinha). A família chegou em Iúna em 1943. Manoel Baratinha, como todos conheciam, era palhaço de circo e em uma das passagens por Iúna resolveu abandona a lona e o picadeiro e fixar residência na cidade.

Em pouco tempo foi nomeado Comissário de Menores. Tinha ainda como profissão consertar rádio. Mas, o que mais gostava de fazer, é preparar fisicamente o time do Rio Pardo para as competições. Seus filhos, a maioria dos homens foram jogadores. O mais velho, Heleno, jogava de lateral esquerdo, conquistando vários títulos regionais pelo clube.

Dona Hilda era a mãe, a mãezona, uma célebre administradora do lar, com uma convivência maravilhosa com a vizinhança. Na casa dela, encontrava-se as melhores comidas e os melhores licores. A mesa farta constantemente alimentava sua prole de quatorze filhos, agregados, crianças de rua que o Baratinha levava pra casa e outras visitas.

O acadêmico Jeferson Miranda fez uma resenha maravilhosa para a família, leia abaixo:
"Lá se foi dona Hilda, mãe de Hildinha e tantos outros: Heleno, Helino, Elicinio, Natal, Manoel, Digo, Lenita, Elenir, Nica, Elita, Zilda, Maria Fernanda, Patrícia. Família querida! Todos professores? Treze, dos quatorze filhos, quase todos né?
Manoel Baratinha, o patriarca dessa grande prole, foi comissário de menores. Era nossa alegria, terror que nos "perseguia" devido às peraltices e diabruras, junto com o Alcino Flausino, eles eram comissários de menores, aquele que deixou a célebre frase: "ao galgar às escadas..."

Dona Ilda, matriarca dos Gomes, segurou as pontas enquanto pôde. Mediadora de conflitos e poder moderador como uma força armada. Que o diga minha, nossa Ildinha, amiga da Nenete. E o Manoel? (filho) sempre às " barbas" da mãe. Herdou recentemente o andar do pai, depois de um acidente. Caprichos do destino? Vai saber.

E agora José, ou melhor: e agora Manoel? E agora Natalino? E agora Ildinha, Elicinio, Fernanda, quem vai separar o andar de cima do andar de baixo? Quem vai, com um olhar, dar as ordens para conduzir as ordes? Quem vai ser o poder moderador, imperador da ordem, da disciplina e provedor do equilíbrio que deve nortear nosso equilíbrio?

Enfim, sem mais delongas e encurtando a conversa, descansa em paz dona Hilda, deixa conosco essa família querida e admirada pela população iunense, sempre presente onde o saber se faz presente, sempre presente onde o esporte se fez presente, sempre presente onde as portas foram abertas". 

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