Renato Paiva declarou nesta semana que recebeu o município com certidões negativas travadas e uma dívida com o INSS que pode chegar a R$ 2 milhões
Nesse primeiro dia de governo, Renato nomeou os secretários municipais e o chefe de gabinete. Começou a visitar os órgãos da administração e percebeu que não teria jeito de fazer muita coisa, alegando que até oxigênio está faltando na unidade de saúde, por falta de pagamento. Os veículos precisam de reformas e máquinas estão quebradas. Só uma patrol e um retroescavadeira velha estão funcionando, muito pouco para um município de grande extensão territorial e com muitas estradas vicinais em estado de destruídas sem manutenção de um cascalhamento a anos.
Outra situação caótica pontuada pelo prefeito é o estado das escolas, almoxarifado e o prédio da prefeitura em ruínas, todos precisando de reformas. Questionado se ele não esperava por isso, disse que imaginava estar ruim, mas ao tomar conhecimento viu que está péssimo. Renato alega que tentou por todos meios fazer a transição de governo, sem sucesso. "Dificultaram tudo que a gente propôs e lamentavelmente vamos demorar um tempo para conseguir colocar em prática aquilo que prometemos e pretendemos fazer pela população".
Durante estes três meses após as eleições, Renato visitou prefeitos da região para intercâmbio e aprendizado, visitou a CNM – Confederação Nacional dos municípios, AMM – Associação Mineira dos Municípios, par cursos de administração pública, fez visita a deputados federais e estaduais para tratar de emendas para o município, visita a laboratórios, faculdades e hospitais para estudar meios de melhor atender os munícipes.
Nesse primeiro momento, a meta seria atender os serviços essenciais e pagar as dívidas. Segundo ele, o Cis Caparaó, laboratório de clínicas médicas, está com os serviços todos suspensos por falta de pagamento. Tem esses contratos para acertar, pagar os atrasados para retomar os atendimentos. Também tem o INSS com quase dois milhões de dívidas que precisam ser pagos para liberar as certidões." Temos que resolver tudo isso, o problema é recurso financeiro que não temos. Como nossas receitas são pequenas e todas comprometidas com custeio da administração, dois anos é pouco para colocar a casa em ordem", ressalta o prefeito.