Segundo o coordenador da Força-Tarefa, delegado Érico de Almeida Mangaravite, a grande maioria destes veículos encontra-se em precário estado de conservação
A Polícia Civil do Estado do Espírito Santo (PCES), por meio da Força-Tarefa de Gestão de Veículos Destinados à Alienação (FTGVDA), em convênio com o Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES), entrou na fase de conclusão os procedimentos de reciclagem de 569 carros e 1.415 motocicletas, os quais encontravam-se depositados em Pátios por todo o Estado e, foram centralizados na Central de Leilões do Detran|ES, antigo Pátio Central, em Campinho da Serra I, no município da Serra. A ação de prensagem começou no início de agosto.
"São motocicletas e carros que foram apreendidos por conta de investigações policiais. Muitos deles não possuem qualquer condição de retornar à circulação, seja porque faltam itens de segurança básicos, seja porque o valor dos débitos com o Estado anteriores à apreensão impossibilita a sua regularização. Há ainda casos em que os veículos aparentemente estão bem conservados e poderiam ser utilizados por algum órgão público; porém, os custos de manutenção tornam essa alternativa inviável", disse o delegado.
Por fim, há também veículos que foram adulterados pelos criminosos e, mesmo após serem periciados, não foi possível obter sua identificação original, o que impede a sua regularização perante o órgão de trânsito. Assim, após analisar criteriosamente cada situação, chegamos a este montante de veículos cuja reciclagem é a medida mais recomendável.
"Cabe destacar que a manutenção desses veículos em depósitos gera diversos custos para o Estado. Além disso, há o risco de incêndios, de vazamentos de líquidos inflamáveis ou danosos ao meio ambiente, da proliferação de mosquitos, roedores e outras pragas, bem como da ação de vândalos ou criminosos. Assim, a reciclagem permite a desocupação dessas vagas e a otimização do uso dos recursos do Estado", explicou o delegado Érico Mangaravite.
Uma vez que a apreensão de veículos é uma ação inerente à atividade da Polícia Civil, novos procedimentos de reciclagem devem ser realizados no futuro com os mesmos objetivos. Também está em fase de planejamento a execução de um leilão de veículos apreendidos conservados, ou seja, que após autorização judicial são passíveis de arrematação por particulares para posterior regularização e retorno à circulação.
"O Detran|ES realiza diversas parcerias exitosas com a Polícia Civil no sentido de promover a segurança no trânsito, combatendo crimes e retirando de circulação veículos apreendidos por investigações e que não têm condições de retornar às ruas. A partir desse trabalho, realizamos também leilões de sucata inservíveis, que contribuem, inclusive, para a sustentabilidade ambiental, já que é possível reaproveitar materiais como ferro, alumínio, cobre, plástico, o que é bom para reduzir a quantidade de lixo e diminui a necessidade de extração da natureza", afirmou o diretor geral do Detran|ES, Givaldo Vieira.
Só em 2023, o Detran|ES já entregou 2 mil toneladas de sucata para empresas regulares do ramo de reciclagem, siderurgia ou fundição que arremataram leilões.
Reciclagem:
A reciclagem ocorre da seguinte maneira: os veículos apreendidos cuja restituição ao legítimo proprietário se mostrar inviável, seja por conta de questões criminais, seja por impossibilidade de regularização do bem perante o órgão de trânsito, são considerados aptos à reciclagem.
Inicialmente, os veículos passam por um processo de descontaminação, quando são retirados fluidos e combustíveis, bem como acessórios com risco potencial, como cilindros de gás veicular. Uma vez livres de contaminantes, são compactados por uma prensa. O material compactado é arrematado via leilão e segue para uma siderúrgica, onde é triturado, separado e reciclado.
Fonte: PCES