Homem que torturou e queimou amante da namorada pega 21 anos em Caratinga
Um homem que foi traído pela namorada e foi atrás do amante dela para torturá-lo e depois matá-lo com requintes de crueldade, após uma sessão de tortura, foi condenado pela Justiça a 21 anos de prisão, em regime fechado.
Antes de ser morto, a vítima, que era músico, foi obrigado a cantar a música sertaneja "Jogado às traças", da dupla Zé Neto & Cristiano,
O réu, Gabriel Túlio Santos Assis Luiz, de 22 anos, foi levado ao banco dos réus pelo Tribunal do Júri de Caratinga, na Zona da Mata, onde aconteceu o crime em 11 de setembro de 2018.
Gabriel foi acusado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pela prática de homicídio triplamente qualificado, contra a vítima Juliano de Paula Rodrigues, de 22 anos.
"O crime foi cometido por vingança, com emprego de tortura e mediante dissimulação, com participação de quatro menores de idade", afirmou o MPMG.
Por maioria, o Conselho de Sentença reconheceu que o réu praticou o delito de homicídio qualificado por motivo torpe, já que buscava retaliar a vítima por relacionamento mantido entre ela e sua então namorada; com emprego de tortura.
De acordo com o processo, Gabriel deu vários golpes de canivete contra a vítima e ateou fogo no homem; "mediante dissimulação e emboscada, já que o denunciado teria atraído o ofendido ao seu encontro para uma conversa com ele e a garota que namorava os dois", diz o processo.
Conforme a denúncia, o músico foi colocado dentro do carro do réu e passou a ser agredido enquanto implorava para que os agentes o deixassem ir embora.
O homem foi imobilizado com abraçadeiras para não fugir. Momentos antes de ser assassinado, ele foi empurrado para fora com veículo com chutes e socos. Na sequência, foi enforcado, esfaqueado e teve o corpo carbonizado.
Também por maioria, os jurados absolveram o réu da prática do crime de corrupção de menores. As teses de defesa relativa à desclassificação para lesão corporal seguida de morte e o homicídio privilegiado não foram acolhidas.
Prisão
Gabriel somente foi preso em 18 de dezembro de 2018. Segundo o policial que o prendeu, ele se passou pela namorada e agendou um encontro com a vítima.
Como sabia que o jovem era músico, segundo o policial, Gabriel o amarrou e o fez cantar a música sertaneja até o local do crime, onde deu vários golpes de canivete no músico e, na sequência, o queimou e deixou o corpo carbonizado em uma plantação de eucalipto.
Depois do crime, Gabriel levou os quatro adolescentes que o ajudaram a uma pizzaria. No dia seguinte, Gabriel comemorou o aniversário de 22 anos dele.
Fonte: O Tempo