Sesa amplia implantação de armadilhas de oviposição do Aedes aegypti no ES
A estratégia de vigilância e monitoramento do mosquito da dengue, no Estado, está implantada em 34 municípios, incluindo três da região do Caparaó
Dentro das ações de enfrentamento ao Aedes aegypti (transmissor da dengue, zika e chykungunia) no Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) vem implantando armadilhas de oviposição (ovitrampas) em municípios capixabas, incluindo a região do Caparaó Capixaba. Neste ano, a Secretaria da Saúde (Sesa) investiu R$ 211 mil na compra de 50 mil kits, além do insumo utilizado para atrair o mosquito.
A Sesa vem trabalhando para ampliar o alcance da estratégia para todo o Estado. Os kits vão auxiliar na implantação da estratégia em mais municípios, assim como a manutenção das ações nos 34 municípios que já contam com essa estratégia. Na região do Caparaó, os kits já estão implantados nos municípios de Apiacá, Guaçuí e Muniz Freire.
Os kits são compostos por pote, palheta e clipe metálico, para montagem da armadilha. Além do levedo de cerveja em pó que é utilizado como papel atrativo às fêmeas do Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus. A metodologia da ovitrampa é coordenada pelo Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
Vigilância
A estratégia visa a identificação das áreas de risco, por meio do monitoramento do quantitativo de ovos depositados nas armadilhas. Esse quantitativo é um dado importante, para que as vigilâncias municipais atuem de forma assertiva nos territórios onde há maior densidade do vetor (mosquito).
De acordo com chefe do Núcleo Especial de Vigilância Ambiental da Sesa, Roberto Laperriere, a estratégia também conta com um aplicativo, ofertado pela Fiocruz, para inserção das informações em um sistema georreferenciado. "A ovitrampa traz como proposta o monitoramento do vetor no território e é uma excelente estratégia, mesmo em municípios com baixo quantitativo de agentes de endemia", esclarece. "A ferramenta mostra quais são essas áreas de risco, onde há maior densidade de ovos, fazendo com que os municípios possam direcionar as ações a esses locais", informa Laperriere.
A metodologia da ovitrampa é uma tecnologia simples, com comprovação científica e de baixo custo. As informações fornecidas pelas armadilhas direcionam ações capazes de auxiliar a interromper o ciclo de reprodução do mosquito. "A implementação acontece de forma escalonada, para ir alcançando cada vez mais municípios na adesão dessa metodologia", explica. "Concomitante, realizamos o treinamento e a capacitação das equipes municipais", explicou o chefe do Núcleo.
Como funciona?
A ovitrampa funciona como uma armadilha para capturar ovos de mosquitos transmissores de arbovirose. Ela deve ser distribuída no território, seguindo definições técnicas preconizadas pelo Ministério da Saúde, dependendo da capacidade operacional local.
A implantação da vigilância entomológica com armadilhas de oviposição (ovitrampas), para o direcionamento e o monitoramento de ações de controle do Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus, no Estado, foi iniciada em abril de 2024, em 16 municípios capixabas. Atualmente, 34 municípios do Espírito Santo monitoram as armadilhas de oviposição.
Municípios
- Região Norte de Saúde: Barra de São Francisco, Conceição da Barra, Montanha, Pedro Canário, Ponto Belo, São Mateus e Nova Venécia;
- Região Central de Saúde: Linhares, Marilândia, Pancas, Rio Bananal, São Gabriel da Palha, Sooretama, São Domingos do Norte e Vila Valério;
- Região Metropolitana de Saúde: Afonso Cláudio, Aracruz, Fundão, Ibiraçu, Itaguaçu, Domingos Martins, Serra e Venda Nova do Imigrante;
- Região Sul de Saúde: Cachoeiro de Itapemirim, Guaçuí, Iconha, Marataízes, Muniz Freire, Presidente Kennedy, Alfredo Chaves, Anchieta, Apiacá, Mimoso do Sul e Rio Novo do Sul.
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