Ex-prefeito de Dores esclarece salário de prefeito que foi destaque na imprensa

Ex-prefeito de Dores esclarece salário de prefeito que foi destaque na imprensa

Matéria coloca o salário do prefeito de Dores do Rio Preto entre os maiores do Brasil, em referência ao tamanho da população, mas ex-prefeito explica motivo  

Prefeito Thiaguinho e ex-prefeito Ninho (Reprodução vídeo)

Um assunto levantado pela Folha de São Paulo, se transformou em matéria de destaque em veículos do Espírito Santo, colocando o salário do prefeito de Dores do Rio Preto, na região do Caparaó Capixaba, como um dos mais altos entre os municípios do Brasil com 7 mil habitantes. Diante disso, o prefeito Thiaguinho, junto com o ex-prefeito Ninho (que era o gestor na época do reajuste do salário), publicou um vídeo onde são prestados esclarecimentos sobre as circunstâncias que levaram ao reajuste do salário do prefeito do município.

De acordo com a matéria publicada e disseminada nas redes sociais, o salário do prefeito Thiaguinho, hoje, é de R$ 19.142,60, o que seria superior à de alguns chefes do Executivo da Região Metropolitana do estado. E destaca que o município está entre os 15 municípios brasileiros, com menos de 7 mil habitantes, onde os prefeitos recebem os salários mais elevados, ocupando a 11ª colocação, entre os municípios brasileiros, conforme as reportagens.

Diante disso, o prefeito Thiaguinho recorreu à parceria do ex-prefeito Ninho, por meio de um vídeo, para explicar o que não teria sido apurado pelas reportagens, às quais chamou de tendenciosas, porque não teriam sido devidamente apuradas e sem direito ao contraditório, já que nenhum repórter ou redação de jornalismo entrou em contato com ele. "Todos sabem que o gabinete em nossa cidade é aberto para toda a população e que prezamos pela transparência das contas públicas", afirmou, destacando que o prefeito Ninho, recentemente, recebeu o reconhecimento pela transparência das contas Públicas. "Compromisso que continuarei honrando", pontua.

Motivos

No vídeo, Thiaguinho e Ninho aparecem lado a lado. O ex-prefeito foi quem enviou o projeto para o reajuste do salário, quando era prefeito, enquanto Thiaguinho era vereador e votou pela aprovação da matéria. Ninho, então, destacou que Dores do Rio Preto tem realmente 7 mil habitantes, conforme dados do IBGE, mas afirmou que foi necessário, na época, fazer o reajuste, porque isso não acontecia desde 2012.

No entanto, esse não foi o principal motivo para reajuste do citado salário. Segundo o ex-prefeito, o adiamento para reajustar o valor estava causando a defasagem do salário de profissionais importantes para o andamento de serviços fundamentais para a população, já que nenhum servidor pode receber um salário maior do que o prefeito, segundo a Constituição Federal, principalmente, no caso dos médicos. Devido ao baixo valor da remuneração, era difícil contratar médicos que se fixassem no município. "E todos sabem que médico tem que ser valorizado e é um profissional de que a população depende muito", destaca Ninho.

Então, por isso, segundo ele, foi necessário dar esse reajuste, para que fosse possível fixar um profissional da saúde da família nos distrito de Mundo Novo e de Pedra Menina, além da sede do município. "Porque nós estávamos com muita dificuldade para fazer isso e, então, enviamos o projeto para a Câmara que aprovou o reajuste", conta.

Arrecadação

Contudo, o ex-prefeito ressalta, ainda, que mesmo dando esse aumento ao salário do prefeito que resultou em um bom reajuste para os secretários municipais e para a classe médica, entre outros, o município de Dores do Rio Preto não gasta 40% da sua arrecadação com folha de pagamento, o que poderia chegar até 54,5%, como determina a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). "Mas a gente não chega a passar de 40%, o que mostra a responsabilidade fiscal da administração", enfatizou.

Ninho também destaca que o município de Dores do Rio Preto é o terceiro menor em população, no Espírito Santo, mas nem por isso é o terceiro menor em arrecadação. "Estamos em quase 58º lugar, entre os 78 municípios, em arrecadação, e estamos à frente de 20 municípios, inclusive municípios de 26 mil habitantes, como é o caso de Ibatiba, por exemplo", ressalta. "Além de estarmos próximos de municípios como Guaçuí e Alegre, entre outros, com mais de 30 mil habitantes, o que demonstra que a gente faz o dever de casa, mas isso não foi mostrado pelas matérias veiculadas", completa.

Então, concluindo, o ex-prefeito Ninho lembrou que os políticos estão sujeitos a leis e que, caso não fosse dado o reajuste para o prefeito, não poderia ser reajustado o salário para os médicos. Com isso, o município não contaria com os profissionais que trabalham no município hoje. "Então, estariam fazendo matérias dizendo que o município não tem médico para atender a população", concluiu. 

Confira vídeo com o prefeito e ex-prefeito, na íntegra, abaixo.

 

Comentários:

Nenhum comentário feito ainda. Seja o primeiro a enviar um comentário
Já Registrado? Acesse sua conta
Visitante
Quarta, 02 Abril 2025

Ao aceitar, você acessará um serviço fornecido por terceiros externos a https://anoticiadocaparao.com.br/