A doença é transmitida pelo mosquito maruim e a Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota sobre o caso, para dar esclarecimentos e orientações
O município de Iúna registrou o primeiro caso confirmado do vírus Oropouche. A doença é causada por um arbovírus e transmitido principalmente pelo inseto conhecido, popularmente, por maruim (Culicoides paraensis). A Secretaria Municipal de Saúde emitiu uma nota sobre o caso, para dar esclarecimentos e orientações.
A paciente é uma mulher de 41 anos e não contraiu o vírus no município, mas sim em Afonso Cláudio, onde esteve no dia 18 de janeiro de 2025. Após sentir febre, dor de cabeça, dores musculares e enjoo, a mulher foi até a Unidade de Saúde e realizou o exame RT-PCR, feito pelo Laboratório Central do Espírito Santo (Lacen). Os sintomas começaram no dia 21 e foi confirmado, pelo exame, no dia 31
A paciente reside na sede do município de Iúna e procurou a UBS, onde foi medicada, notificada e realizou a coleta de sangue, para exames, no dia 23. Ela evoluiu bem e foi acompanhada até em casa pela equipe de Saúde da Família. Atualmente, segundo a Secretaria, está passando bem e não apresenta mais nenhum sintoma.
Diagnóstico e prevenção
O Espírito Santo está sendo afetado por um surto de febre Oropouche. Em 2024, o estado foi um dos primeiros fora da região amazônica a registrar a circulação do arbovírus (vírus transmitido por artrópodes) e transmitido, principalmente, pelo inseto conhecido como maruim (Culicoides paraensis). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
O diagnóstico da febre Oropouche é clínico, epidemiológico e laboratorial. Todo caso, com diagnóstico de infecção pelo OROV, deve ser notificado. E não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento sintomático e acompanhamento médico. Por isso, em caso de sintomas suspeitos, a pessoa deve procurar ajuda médica, imediatamente, e informar sobre sua exposição potencial à doença.
Como prevenir
• Evitar o contato com áreas de ocorrência e/ou minimizar a exposição às picadas dos vetores.
• Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
• Limpeza de terrenos e de locais de criação de animais.
• Recolhimento de folhas e frutos que caem no solo.
• Uso de telas de malha fina em portas e janelas.