Trabalho voluntário embeleza canteiros nas margens da rodovia que corta o distrito de Pequiá
Aposentado há quatro anos, Nilo José Emerick iniciou um trabalho voluntário de revitalização dos dez canteiros do trevo de Pequiá, às margens da BR 262
Após sofrer um derrame cerebral há doze anos, o morador do distrito de Pequiá, no município de Iúna, Nilo José Emerick, 71 anos, iniciou uma importante atividade para ocupar seu tempo. Durante sua vida foi campeiro. Depois, com a herança do pai, comprou uma casa na vila do distrito e veio cuidar das duas sobrinhas gêmeas, Janiquele e Jaqueline. Hoje ajuda a cuidar dos filhos delas. Nunca foi casado.
Aposentado há quatro anos, iniciou um trabalho voluntário de revitalização dos dez canteiros do trevo de Pequiá, às margens da BR 262, na divisa de Minas Gerais com o Espírito Santo. No início, plantou frutíferas, com o intuito de alimentar andarilhos, pássaros e animais. Depois começou também a plantar rosas, variadas flores e outras plantas ornamentais.
Sua rotina diária, sete dias por semana, é fazer a capina, roçar e limpar toda a vegetação nativa para não impedir o crescimento das plantas. O clima da localidade é quente e o terreno é arenoso, explica ele, e se não jogar água todo dia, em menos de uma semana as folhas murcham e as plantas morrem.
Para aguar os canteiros, Nilo utiliza uma bicicleta usada, para transportar água em vasilhame plástico de uma reserva de distribuição da Cesan. Segundo ele, a empresa de saneamento o autorizou a utilizar a sobra da água que desce da elevatória. Com os galõezinhos de cinco litros, vai irrigando as plantações durante o dia. Segundo ele, são mais de cem galões d'água por dia para atender a área toda.
As mudas são produzidas por ele mesmo no quintal da sua casa. Entre as frutíferas, Nilo já plantou manga, graviola, acerola e goiaba. Já as flores ele nem sabe o nome de todas as espécies.
Mas, graças a seu cuidado, embora o atual período seja de estiagem e frio, elas estão florindo e embelezando a área, inclusive as rosas vermelhas.
Nilo apenas lamenta que muitas pessoas arrancam mudas do canteiro para levar para casa. Quando ele chega de manh,ã dá falta das plantas que subtraíram, uma ação que o deixa muito triste.
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