Atingidos pela lama de Mariana poderão cobrar resposta da Renova em audiência na Ales

Atingidos pela lama de Mariana poderão cobrar resposta da Renova em audiência na Ales

São inúmeras as reclamações de pescadores e agricultores afetados pelo desastre que têm enfrentado dificuldades em relação à burocracia 

O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, deputado Marcelo Santos, participou nesta quarta-feira, 20, de uma importante reunião da Comissão de Minas e Energia, em Brasília, para discutir a situação dos atingidos pelo desastre com o rompimento de uma barragem da Samarco, ocorrido em Mariana, Minas Gerais, em 2015.

Na reunião, o deputado Marcelo Santos esteve acompanhado do deputado federal Messias Donato e do presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Rodrigo Castro. O parlamentar aproveitou a oportunidade para abordar a situação dos que foram afetados pela tragédia no território capixaba. O presidente da Assembleia Legislativa tem recebido inúmeras reclamações de pescadores e agricultores afetados pelo desastre e que têm enfrentado dificuldades em relação à burocracia, demora por parte da empresa Samarco para fazer o ressarcimento e ao baixo valor das indenizações pagas pela Fundação Renova.

"Precisamos tratar os atingidos não apenas com a frieza dos números. No Espírito Santo, temos inúmeros pescadores e agricultores enfrentando dificuldades. Pessoas que tiveram seu sustento comprometido não podem ficar sem atenção. Sabemos que está sendo feito um acordo em Brasília a respeito do desastre de Mariana, mas a tragédia aconteceu em 2015 e ainda existe muito a ser feito", declarou o presidente Marcelo Santos.

Diante dos fatos apresentados pelo deputado Marcelo Santos, o presidente da Comissão de Minas e Energia, deputado Rodrigo Castro, vai deliberar a data da realização de uma audiência pública no Espírito Santo, com a participação da Fundação Renova e dos atingidos pelo desastre.

Desastre de Mariana – 2015

O Desastre de Mariana ocorreu em 5 de novembro de 2015 e foi a maior tragédia ambiental da história do Brasil. O acidente foi provocado pelo rompimento da Barragem do Fundão, usada para guardar os rejeitos de minério de ferro explorados pela empresa Samarco. O evento causou a destruição do meio-ambiente, contaminação do rio, do solo e um saldo de 19 mortos.

A Barragem do Fundão rompeu, liberando 55 milhões de metros cúbicos de lama que inundaram a cidade de Bento Rodrigues, em Minas Gerais. A tragédia resultou em danos ambientais graves ao rio Doce e afetou 39 municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo, prejudicando 1,2 milhão de pessoas. O desastre deixou um rastro de destruição, com casas soterradas, escassez de água, diminuição da pesca, impactos no comércio e turismo, e inutilização de terras para o plantio, causando sérios prejuízos à região. 

Fonte: Assessoria

 

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