Eleição suplementar esquenta o clima na Câmara Municipal

Eleição suplementar esquenta o clima na Câmara Municipal

Isso porque as duas principais lideranças do legislativo estão na disputa para a prefeitura, figurando como vices, em chapas opostas 

A eleição suplementar de Ibitirama, marcada para o dia 27 de novembro, se transformou em um cabo de guerra na Câmara Municipal, isso porque as duas principais lideranças do legislativo estão na disputa para a prefeitura, figurando como vices, em chapas opostas. O presidente da Câmara, Rogério Almeida, foi indicado como vice na chapa do atual prefeito Ailton da Silva Costa (Vein). O líder da oposição na Câmara, Zé Paulo, está inscrito como vice na chapa do ex-prefeito Reginaldo Simão. O acirramento dos ânimos aumentou ainda mais com os registros das candidaturas.

O grupo do presidente Rogério tem como aliados, Michele Vieira, Carine Oggione, Valterly Peixoto e Luciano. Já a oposição tem os vereadores Dim do Cici Madalena, Serginho Silva, Josimar Fuzil e Zé Paulo. O ponto nevrálgico da questão no momento é um projeto de lei com pedido de suplementação solicitado pelo executivo com aproximadamente 50% do orçamento.

Utilizando de uma estratégia regimental, a oposição por duas sessões já deixou de comparecer à sessão para não votar o projeto. Com isso, por falta de deliberação da Comissão de Finanças, a matéria ficou prejudicada. De acordo com a argumentação do grupo de governo, o atraso na aprovação do crédito suplementar pode causar enormes prejuízos à municipalidade, citando a impossibilidade de realizar manutenção em maquinário, de comprar medicamentos, merenda escolar, entre outras ações.

Os vereadores de oposição, em vídeo divulgado nas redes sociais, alegam que a prefeitura não está mostrando as verdades, não está agindo com a devida transparência. Zé Paulo argumenta que o ex-prefeito Paulo Lemos deixou em abril deste ano quase sete milhões de reais em caixa e até agora a administração não prestou contas sobre o que foi feito com este dinheiro.

A vereadora Carine Oggione disse que a bancada está aberta a negociação. "O projeto pede um percentual, mas podemos discutir e chegar a um patamar que agrade a todos. Esperamos pelo bom senso de todos para aprovarmos essa matéria que é de fundamental importância para o município".

O presidente da Câmara, Rogério Almeida, acredita na possibilidade de votar a matéria ainda hoje, na sessão das 18 horas. "É lógico que não precisamos dar o percentual que a administração está solicitando. A gente está pensando na possibilidade de fechar com 20%. Estamos dialogando para chegar a um bom termo." 

 

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