Representantes da advocacia do Espírito Santo realizaram um ato público de repúdio em Iúna na tarde de hoje (29), em frente ao fórum de Iúna. Com a presença do presidente da OAB-ES e comitiva, os advogados protestaram e cobraram apuração do atentado sofrido pela advogada Elzeni da Silva Oliveira dia 09/04.

Elzeni, vítima do atentado, agradeceu a presença do presidente da OAB-ES e demais advogados que prestaram apoio. "A violência não pode prevalecer. É muito importante esse apoio para que eu possa ter confiança de estar nessa luta", destacou a advogada.

Segundo o presidente da subseção da OAB de Iúna, Christian Henriques Neves, o protesto foi realizado em defesa da vida. "Estamos em um ato simbólico representando não só os advogados, mas toda a sociedade iunense e seus cidadãos para que possamos ter segurança", afirmou.

O presidente da OAB-ES, José Carlos Rizk Filho, afirmou estar indignado, mas feliz de não estar discursando em cima de um caixão. "É preciso falar um basta contra a impunidade. Não é normal em um estado democrático de direito ter passado 20 dias depois de serem disparados sete tiros na sala de alguém e ninguém ter sido preso. Nós sabemos que há autoridades competentes para fazer a investigação, mas não vamos descansar enquanto não houver um resultado efetivo", cobrou o presidente.





Entenda o caso

A casa onde a advogada reside foi alvejada por sete tiros, disparados por uma dupla em uma moto na noite do dia 9 de abril. Os disparos quebraram os vidros da varanda e provocaram um grande susto para a família da advogada.

De acordo com relatos encaminhados ao presidente da OAB-ES, existe a suspeita de que o atentado esteja ligado com a prática da advocacia trabalhista.