Dores: oficina planeja enfrentamento para desastres e emergências em saúde pública
Durante dois dias, oficina serviu para construir Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento de Desastres na Resposta à Emergência em Saúde Pública
Na quinta e sexta-feira (17 e 18), da semana passada, Dores do Rio Preto sediou a Oficina de Construção do Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento de Desastres na Resposta à Emergência em Saúde Pública. O evento aconteceu no auditório do CREAS e reuniu representantes da Prefeitura, Secretaria Municipal de Saúde, Defesa Civil, conselhos municipais, secretarias de Educação, Assistência Social, Meio Ambiente, Planejamento e demais instituições envolvidas na gestão de crises.
A oficina faz parte do Programa Vigidesastres, do Ministério da Saúde, em parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria do Estado da Saúde (Sesa), e tem como objetivo fortalecer a coordenação e a eficácia da resposta a desastres no município, por meio de um planejamento integrado e participativo. A abertura oficial contou com a presença do prefeito de Dores do Rio Preto, Thiaguinho, do presidente da Câmara Municipal, vereador Professor Gugu, entre outras autoridades, como secretários municipais, representantes do Ministério da Saúde, do Corpo de Bombeiros e da Vigilância Ambiental do Estado.
O prefeito Thiaguinho destacou, na oportunidade, a parceria com o Governo do Estado, com o município fazendo projetos de encostas e de limpeza do rio, entre outros, para tentar minimizar os impactos dos desastres e emergências climáticas. "Estamos trabalhando, junto com o Governo do Estado, uma forma de prevenir o desastre climático, com a Defesa Civil, área ambiental, tentando evitar, mas se acontecer, queremos estar preparados", afirmou. "E área de saúde é importante também, porque precisamos estar preparados antes da emergência, mas também depois do ocorrido", completou.
Objetivo
Segundo informações da Prefeitura, a iniciativa é fundamental para preparar o município frente a emergências que impactam, diretamente, a saúde pública e o bem-estar da população.
O trabalho vem sendo realizado desde 2024 nos 26 municípios do sul do Espírito Santo, numa parceria entre a Superintendência Regional de Saúde, Corpo de Bombeiro, Polícia Militar, Prefeituras, Defesa Civil Estadual e Defesas Civis Municipais, e deve ser concluído até outubro. E, em novembro, vai ser realizado um seminário para a conclusão dos trabalhos, possivelmente em Cachoeiro de Itapemirim, como esclareceu a Referência técnica estadual do Programa Vigidesastres, no Estado, Luciana De Nadai Mariano.
Ela explicou que o objetivo da oficina é instruir e orientar a equipe da gestão de saúde, para construir o Plano de Contingência, visando uma resposta mais assertiva e precisa aos eventos extremos climáticos. "Vamos fazer uma capacitação para todos estarem preparados, no caso de ocorrer um evento extremo de desastre, principalmente, nas áreas críticas, onde estão as pessoas em situação de maior vulnerabilidade, para darem uma resposta mais ágil em saúde pública", esclareceu Luciana.
Vigidesastres
O programa Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesatres) é um programa instituído pela Portaria GM/MS Nº 4.185, de 1º de dezembro de 2022, sob a responsabilidade da Coordenação-Geral de Preparação para as Emergências em Saúde Pública, do Departamento de Emergências em Saúde Pública, vinculado à Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, do Ministério da Saúde. Seu principal objetivo é desenvolver e implementar ações de vigilância em saúde voltadas para a gestão de riscos associados a emergências em saúde pública decorrentes de desastres.
Segundo o Ministério da Saúde, a redução do risco de desastres é uma função essencial da saúde pública que deve integrar ações de prevenção, mitigação, preparação, resposta e reabilitação no planejamento. E coloca que a atuação em desastres exige um enfoque abrangente, abordando tanto os danos quanto suas causas, com a participação ativa de todo o sistema de saúde. Por isso, é importante estabelecer uma colaboração intersetorial e interinstitucional para mitigar os impactos das emergências, sejam elas de origem natural ou tecnológica, e proteger a saúde em todas as suas dimensões.
No Sistema Único de Saúde (SUS), de acordo com o Ministério, as ações de vigilância em saúde para a gestão de riscos de emergências devem focar na preparação, monitoramento, alerta, comunicação, resposta e reabilitação. Essas ações são fundamentais para garantir uma resposta eficaz e coordenada, minimizando os impactos na saúde pública e fortalecendo a resiliência das comunidades afetadas.
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