Emenda aprovada no Senado pode aumentar pena em casos de violência doméstica

Emenda aprovada no Senado pode aumentar pena em casos de violência doméstica

Comissão do Senado aprovou emenda do senador Contarato que considera tortura a conduta repetida de sofrimento físico ou mental em casos de violência doméstica  

Fabiano Contarato (Foto Alessandro Dantas/PT no Senado

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou uma emenda do senador Fabiano Contarato (PT-ES) ao Projeto de Lei 2083/2022 que estabelece medidas destinadas a reforçar a proteção das mulheres. O novo texto propõe que configure como crime de tortura submeter a vítima de violência doméstica, repetidamente, a intenso sofrimento físico ou mental, o que aumentaria a pena do agressor.

Contarato ressalta que, quando acontece o crime de feminicídio, antes disso, existe "um histórico que foi banalizado, permeado por uma sociedade sexista e misógina". "Primeiro, a mulher é hostilizada, depois o agressor parte para ofensas, injúrias, ameaças, lesão corporal, para, então, efetivar uma conduta nefasta que é o feminicídio", afirma o senador.

Segundo Contarato, isso faz com que mulheres vítimas de violência doméstica passem por sofrimento constante, com diversas humilhações e ameaças. Isso acontece, frequentemente, em contexto de controle e dominação. Por isso, o entendimento de que a prática reiterada deve ser considerada tortura.

Na prática, sendo aprovada a proposta, caso o agressor seja acusado na Lei Maria da Penha e fique evidenciado que ele cometeu outras práticas anteriores, ele também deverá responder por tortura. Assim, a pena do agressor ficaria aumentada em até 8 anos de prisão. Agora, a emenda seguirá para ser apreciada na Câmara dos Deputados. 

 

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Quarta, 02 Abril 2025

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